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Empresa familiar: como gerenciar os desafios?

agosto 7, 2020

Contar com familiares na empresa é muito comum em restaurantes, especialmente os de pequeno porte. Embora isso seja visto com maus olhos por algumas pessoas, o trabalho de uma empresa familiar pode trazer ótimos resultados quando é feito com cuidado.

 

Neste artigo trazemos uma conversa sincera sobre os problemas recorrentes que se passam com quem está nessa situação. Confira!

 

Devo cobrar meu familiar como um funcionário comum?

 

Sim, deve! Mas tome alguns cuidados antes.

 

As duas partes precisam estar preparadas (e dispostas) a separar o pessoal do profissional, e isso se faz com uma conversa bem honesta.

 

Ambos querem que a relação familiar não seja afetada, e ambos querem que a empresa evolua (pois beneficia a todos). Sendo assim, o familiar contratado precisa ser avisado que na empresa ele vai seguir ordens, respeitar a hierarquia e não poderá ter privilégios para não desestimular os funcionários de fora da família.

 

O ideal é que essa conversa séria seja feita antes da contratação, mas se você não fez isso, nunca é tarde para começar. A partir do momento que essa separação foi esclarecida, fica mais fácil no futuro lembrar o familiar de que ele está levando para o pessoal quando acontecer um desentendimento.

 

Essa conversa vira um acordo sobre a regra número um do trabalho de vocês.

 

Pagar como um funcionário comum?

 

Ihh… só de mencionar já bateu aquele desconforto, não é? Mas vamos lá!

 

Bom, não dá pra cobrar um funcionário comum se não tem pagamento, ou se ele está abaixo do salário médio da função, certo? Então, também não é justo fazer isso com seu familiar! Assim como o funcionário, você como empregador também tem suas responsabilidades.

 

Apesar de ser um ponto culturalmente delicado, o salário não precisa ser uma dor de cabeça. Sente com seu familiar e alinhe as expectativas para combinar o valor do pagamento ideal, de acordo com as funções exercidas.

 

O que fazer em caso de brigas?

 

Assim como na vida pessoal, as vezes encontramos problemas na rotina profissional. Quando isso envolve entes queridos é muito fácil se deixar levar pelas emoções.

 

Quando surgir algum problema, é hora de fazer bom uso da sua inteligência emocional, racionalize a situação. Se for necessário, não reaja imediatamente, tire um tempo e procure entender de fato o que aconteceu sem levar para o pessoal.

 

  • Converse, com calma, explicando seus motivos;
  • Ouça o outro lado com paciência;
  • Definam ações práticas para resolver o problema.

 

Outro ponto importante, não leve a briga para casa. Separe, o que é profissional fica no trabalho. O que é pessoal, fica no pessoal. 😉

 

Cuidados na hora de fazer a contratação

 

Sendo um familiar ou não, você precisa de funcionários que vão ajudar seu negócio a crescer! Por isso, na hora de considerar um familiar para seu time, leve em consideração as respostas dessas perguntas:

 

  • Essa pessoa é pró-ativa e responsável?
  • É imatura?
  • É indisciplinada?
  • Vai pedir demissão se aparecer alguma outra oportunidade?
  • Vai entender caso o trabalho não dê certo e precise ser demitida?

 

Isso serve de guia para contratar um familiar que não vai te deixar na mão quando você mais precisar. 😉

 

Não coloque crianças para trabalhar!

 

Trabalho infantil é crime!

 

Sabemos que muitos donos de restaurante não veem a hora de poder passar seus conhecimentos para os filhos, mas eles vão aprender muito mais se tiverem uma infância saudável e focada nos estudos.

 

Trabalho para menores de idade só é permitido na adolescência, a partir dos 16 anos ou na condição de aprendiz a partir de 14 anos. Mesmo assim, é necessário assegurar que sua função não prejudicará sua formação física, psíquica e moral, e não o impedirá de frequentar a escola.

 

Saiba mais sobre o que pode e o que não pode e as regras para contratar um menor aprendiz acessando estes artigos.

 

Lembrando que o trabalho em família não precisa ser presencial! Se está pensando em contratar um jovem/adolescente, ele não precisa participar do operacional ou do atendimento. Essa faixa etária está muito acostumada com redes sociais, então, fazer a divulgação online do restaurante pode ser uma ótima ajuda!

 

Recapitulando: 3 dicas práticas para sua empresa familiar

 

Bastante informação, não é? Mas não se preocupe! Para te ajudar resumimos tudo em três dicas fáceis de lembrar:

 

  • Deixe claro as suas exigências e entenda os limites do seu familiar;
  • Deixe claro que será necessário separar o pessoal do profissional para as coisas fluírem bem;
  • Preze sempre pela comunicação clara e honesta.

 

Coloque essas dicas em prática no seu restaurante familiar e voilà! 😀

 

FONTES:
Negócios familiares: entenda como eles funcionam – Portal SEBRAE

Negócios familiares: Dicas para garantir o sucesso – Portal SEBRAE